Oblivion - 2013



A ficção científica flerta com o fim do mundo não é de hoje. O assunto já foi tão explorado no cinema que se torna um desafio se aventurar a assistir quando um novo filme do gênero chega às telonas.

Oblivion tem sua história centrada em Jack Harper (Tom Cruise), um dos últimos coletores restantes na terra; esses coletores tem como objetivo extrair alguns recursos dos quais a Terra ainda dispõe depois da guerra entre humanos e extraterrestres. Jack é auxiliado em suas missões por Victoria (Andrea Riseborough), sua esposa. Tudo muda na vida de Jack quando ele resgata Julia (Olga Kurylenko), uma misteriosa mulher sobrevivente de uma nave espacial que caiu; com a chegada da moça, Jack começa a questionar sua existência.

O roteiro começa bem, desenvolve os personagens no tempo certo e desenrola a trama sem maiores complicações. O problema começa do meio para o fim, quando o roteirista/diretor Joseph Kosinski resolve acelerar o ritmo e procurar soluções fáceis para uma historia até então complexa; o resultado é um clichê atrás do outro, tornando o filme previsível.

Esteticamente beirando a perfeição, Oblivion é impecável em seus efeitos especiais, assim como sua trilha sonora - uma das melhores dos últimos tempos. Destaque também para as cenas de ação!

O elenco conta com bons nomes como Morgan Freeman, Melissa Leo e Olga Kurylenko. Destaque para atuação da linda Andrea Riseborough, uma das boas surpresas da nova safra de atores de Hollywood.

E o Tom Cruise?! Totalmente apagado, como há muito tempo não acontecia. O ator possui carisma natural que dá um upgrade em qualquer produção que trabalhe; em Oblivion, no entanto, o carisma não aparece e muito menos os seus atributos de atuação. Isso tudo contribui contra o protagonista da trama, cujo relacionamento com o público não se desenvolve. A sensação é a de que, se o personagem morrer ou viver, tanto faz, o espectador não vai se importar. No fim a obra pode ser definida com uma palavra: equívoco!

Crítica feita por mim para o portalcritico.com




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