"O Monge" é uma produção Francesa que encontra na religião seu roteiro nada convencional e cheio de metáforas. Quem acompanha o cinema europeu mais de perto já esta acostumado com o ritmo mais lento e com a peculiaridade de seus diretores, e aqui o diretor e roteirista Dominik Moll imprime um ritmo bem cadenciado, porém todo o tempo apresenta imagens e diálogos que despertam a curiosidade do espectador - lembrando que aqui nada é de fácil compreensão.
A historia é sobre Capucin Ambrosio (Vincent Cassel) um monge que ainda criança foi abandonado na porta do mosteiro no qual cresceu e estudou; a religião então se torna o refugio desse homem que se transforma em um grande discípulo da igreja e encanta o povo com suas pregações.
No inicio da projeção Ambrosio escuta a confissão de um fiel, que se diz atormentado pelo demônio; abaixo um pequeno trecho do diálogo:
"- Satanás não tem poder sobre você?
- Satanás tem o poder que eu admito"
Uma simples pergunta com uma grandiosa resposta que sera explorada o tempo todo pelo roteiro; seria frei Ambrosio capaz de resistir as tentações que o diabo guarda para ele?
A trilha sonora fúnebre; o jogo de luzes e cores que o diretor aplica na obra torna o clima da película bem sombrio, Dominik Moll entrega um filme onde a imagem muitas vezes substitui o dialogo; o ocultismo ao lado da religião em um orgasmo visual.
Vincent Cassel como Ambrosio esta assustador, perfomace monstruosa desse ator que se encaixa em qualquer tipo de papel e aqui lidera um ótimo elenco com atuações inspiradas.
"O Monge" é um drama/suspense que adentra o psicológico de um homem religioso; construindo uma batalha da razão com a emoção, do sagrado com o profano, do amor com a tentação, resultando em uma obra reflexiva e assutadora!
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